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Comissão aprova garantia de atendimento prioritário no SUS para pacientes com endometriose

Projeto de lei segue em análise na Câmara dos Deputados

Comissão aprova garantia de atendimento prioritário no SUS para pacientes com endometriose
Bruno Spada / Câmara dos Deputados
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Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Rogéria Santos: endometriose compromete a qualidade de vida das mulheres

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que garante acesso integral e gratuito ao diagnóstico, a medicamentos, tratamentos e acompanhamento médico para pessoas com endometriose. 

Pela proposta, o Sistema Único de Saúde (SUS) deverá assegurar às pacientes atendimento prioritário, urgente e qualificado, com acesso privilegiado aos médicos com especialidade em ginecologia, para exames e procedimentos destinados ao diagnóstico e ao tratamento da endometriose, como:

ultrassonografias transvaginais e pélvicas; ressonância magnética pélvica; exames laboratoriais hormonais; e laparoscopia diagnóstica e terapêutica. 

A endometriose é uma doença ginecológica crônica que se caracteriza pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, o que pode causar sintomas graves, como dor intensa, infertilidade, fadiga crônica e outras complicações, impactando a qualidade de vida das pacientes.

Texto aprovado O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA), ao Projeto de Lei 85/25, do deputado Icaro de Valmir (PL-SE), e ao PL 762/25, apensado.

Confira a íntegra do texto aprovado pela comissão 

Segundo a relatora, o objetivo da nova versão, que incorpora ações previstas nos dois projetos, é “ampliar a atuação das equipes médicas e hospitalares que atendem pacientes pelo sistema público e gratuito de saúde”.  

O substitutivo estabelece que o Ministério da Saúde e o SUS, em cooperação com os estados e municípios, deverão instituir campanhas permanentes de conscientização sobre a endometriose, abordando, por exemplo: 

sinais e sintomas da doença; impactos na saúde física e mental; e direitos das mulheres acometidas pela enfermidade, inclusive as licenças para o afastamento ao trabalho.

“Considerando as consequências provocadas pela endometriose para a vida das mulheres, precisamos engajar o Sistema Único de Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais, na realização de medidas de enfrentamento do problema”, disse Rogéria Santos.

Modificações A relatora retirou alguns pontos contidos no projeto original, como a previsão de que o Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), inclua a endometriose no rol de doenças prioritárias para o fornecimento de medicamentos de alto custo e terapias especializadas no Sistema Único de Saúde.

Rogéria Santos excluiu também a obrigatoriedade de que os gestores de saúde disponibilizem unidades de saúde especializadas em endometriose, com atendimento multidisciplinar, para garantir a qualidade do tratamento e acompanhamento contínuo. 

Próximos passos A proposta, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisada pelas comissões de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Agência Câmara Notícias

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